Olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas
(Ana C)
terça-feira, 27 de julho de 2010
Sem budismo
Poema que é bom acaba zero a zero. Acaba com. Não como eu quero. Começa sem. Com, digamos, certo verso, veneno de letra bolero, ou menos. Tira daqui, bota dali, um lugar, no caminho. Prossegue de si. Seguro morreu de velho, e sozinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário